quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

estranheza.

talvez tenha passado tempo demais.
ou então foi tão pouco tempo que nos fez perceber que tanta coisa não passou do nada.
confesso ter superestimado alguma coisa inexistente elevando-a a outro cosmo desconhecido.
ou então subestimei a possibilidade de qualquer crescimento enxergando os sinais como simples e eventuais movimento.
foram noites em claro tentado entender qualquer coisa desperdiçada, noites aquelas que aprendi a valorizar cada vez em que me olhava no espelho e só notava as grandes olheiras. estive exausta em um tempo em que não havia com o que me preocupar, ou nada além do que já estava feito e pronto. por uns dias enfim percebi que seria melhor ignorar tudo que se passava em minha cabeça e me entregar á cama, desejando-a. em vão, já que em meus sonhos - ou seriam pesadelos? - tudo que tentei esquecer se manifestava, e, por causa disso, acordei muitas manhãs com pensamentos ainda piores me atormentando, ainda pior.
finalmente na noite passada, não sonhei. nada se passava pela minha cabeça. acordei ainda sim com os mesmos pensamentos que me vira e mexe reaparecem, de tempos em tempos. só que dessa vez, não há muita solução: minha melhor amiga está longe, não confio em quase ninguém e há quem diga que está por perto, mas na verdade não tem tempo. não, eu não quero atenção e isso não é um drama. eu só queria saber quando é que isso vai passar e quando vou poder dizer tudo que eu penso sem ter a aflição de estar entre estranhos.