segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

sempre fica alguma coisa...

"deixa a luz daquela sala acesa
e me peça pra voltar"

sábado, 6 de dezembro de 2008

i just don't know what to do with myself




quando tudo começou a dar errado? estava tudo bem. cada um no seu lado da rua e os carros passando bem devagar. vejo a luz da sua janela acesa e ouço o som da tv. sinto que já não há mais nada entre nós dois que deixe alguma dúvida. esse silêncio só atesta a minha vontade de sair por aí. ver em qual esquina os meus olhos param. tenho em meus pés o peso de quem já não consegue andar desse jeito. deixei a água escorrer pelo meu rosto. deixar molhar o chão pra descansar a vista. já nem sei do que eu preciso, já que chorar já nem posso.


[eu só quero alugar cem filmes e esperar a hora em que essa onda toda passar.]


lá no fundo, ouço uma musica que diz "lights will guide to home/ and ignite your bones/ and I will try to fix you." enquanto isso, espero.

domingo, 30 de novembro de 2008

carro. comida. sono. cerveja. corel. dia 12. férias. ele lá. eu aqui. calor. chuva. santa catarina. búzius. roma. amigos. amigas. sakê. rockabilly. friv. splash. notas. resultados. jack johnson. i'm yours. almoço. jantar. tempo? não têm. sol. vento. pílula. horário. celular. marcas. centímetros. vinco. corte. cabe? não cabe. carol chega. porca vai. aniversário. chocolate. cola. pé. dor. academia. ligo? não ligo. saudade. violão. livros, livros, livros. tmp. provas. resenha? hoje têm.

são muitas coisas a fazer. para resolver. com á cabeça a mil, me consolo sabendo que lá se vai mais um ano. um semestre.

mas tá tudo bem. tudo tranquilo...é bom ver tudo desse jeito;

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

o menino





há pouco tempo conheci um menino por ai, de barba, camisa de caveira e tudo mais. tinha bom gosto: ouvia beatles, stones e dylan. nas horas vagas se perdia entre uma cerveja e outra, sem ver o tempo passar. gostei de quando o (ou)vi tocar gaita. de uns tempos pra cá, deu pra se dizer perdido, desacreditar na vida e falar besteira. eu, cá, como alguém que o aprecia do jeito que é, ouço. calada ou dizendo meia dúzia de palavras. mas lá no fundo, solto um riso bobo de quem já conhece do final: gente assim não existe por aí aos montes não. é...menino, tem coisas que não dão pra negar. te vejo resmungando por ai, falando mal da vida e dessas coisas...mas você é estrela. e nasceu pra ser famoso.


ps. só não se esqueça de mim quando chegar lá, tá?

terça-feira, 11 de novembro de 2008

é de imaginar bobagem


ao colocar o fone no ouvido ouço fundo fundo um barulho incessante e perdido de mar. lembro-me de que certas coisas não hão de mudar. seja a hipocrisia humana, a queda da bolsa ou a bomba que explode nos trilhos dos trens, nada, nada muda o barulho do mar.

o barulho ecoa. vai e volta na cabeça vazia de quem simplesmente não quer mais pensar. há tempos desisti de persistir nesse vazio que me ocupa. vazio que enche a parte cheia de ar. vazio que estraga e prende, mas vazio que abre e deixa o som ecoar.

hoje não quero falar de desamores, desalento, do tempo e nem mesmo da solidão. prefiro não falar nada. nada com nada.

domingo, 21 de setembro de 2008

ao tempo.

preciso que pares um pouco e me deixe respirar. preciso que tenha calma, que vá devagar e sereno como quem espera um trem que há de chegar. mais que tudo, preciso que tenhas paciência.
tens passado como se não houvesse o que observar nem sentir. como se não houvesse amanhã. como se a cada dia rugas não aparecessem pelo meu rosto. como se tudo fosse, ora simples, ora complicado demais.
não notas que já não sou mais a mesma. que não tenho mais o mesmo fôlego e que estou prestes a ser deixada para trás? juro que tenho corrido o mais rápido possível a fim de te acompanhar, e, mesmo assim, tem sido impossível.
meus pés e meu joelho doem. minhas costas estão pesadas. meus olhos lacrimejam. mas eu persisto. insisto em qualquer outra possibilidade de ter-te comigo ao meu lado. mas certas coisas, feitio de ti, me deixam por não compreender o que se passa. pessoas que amam e desamam.

é, tempo. as coisas é que já não são mais as mesmas.
mas ainda gosto da chuva que cai. do frio que faz. e do amor que ainda hei de ter pra mim, pelo qual você ainda vai parar pra ver.

domingo, 14 de setembro de 2008

are you living your dream?

já não tenho paciência para televisão.
não tenho saco para internet.
todas essas músicas já me cansaram.
e para quê falar se não há quem ouvir?
fecho os olhos e imagino qualquer coisa além disso tudo. me vejo vivendo o que eu sempre quis, da forma que eu imaginei. mas sempre sei, em qualquer canto do inconsciente, que na verdade é tudo bem diferente. não sei bem certo se é bem isso que quero. mas me seguro á essa ilusão.
já joguei tanta coisa fora mas ainda tenho a sensação de ter o passado em mim. quero logo que o tempo passe, que as coisas aconteçam. quero ver universo distante. quero conhecer pessoas que nunca vi. e preciso logo dar umas voltas, respirar novos ares.
sinceramente já nem sei se quero. se tenho sonhos, quereres.
e por pensar tanto, já nem falo o que quero ou apenas o que preciso que as pessoas saibam. jogo fora também o que já fiz, cartas e fotografias.
e por pensar tanto, tantas pessoas já se foram sem que eu nem saia do lugar. não mudo e só reclamo por companhia. me acostumei com um vazio completo por alguém que nem liga e se me falta alguma coisa me perco em pensamentos nesse passado não tão distante, mas de outros tempos.
gostaria que me fizessem continuar.

[queria acertassem a palavra que eu gostaria de escutar]

http://br.youtube.com/watch?v=8peF8RIzwgc

domingo, 24 de agosto de 2008

leve(me);

leve, leve. bem leve. deixo de lado os sentimentos, feitio do coração. retiro-me dessas coisas que requerem uma certa delicadeza. prefiro viver, apenas. por não saber o que fazer, optei pelo não sentir. prefiro saber o meu caminho. não tenho mais saco pra essas besteiras. não tenho mais paciência para modernismos. estou farta de beijos vazios e de palavras vãs. e, de cansada de sustentar o peso de uma geração, prefiro não mais tentar. vago só por caminhos novos e arrisco-me em campos os quais eu tenho a certeza que dependo só mesmo de mim. para as outras coisas, deixo nas mãos do acaso.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

daquelas á multidão;

Te vi de longe, parado. Em meio a tantas pessoas, seus óculos passeavam como se procurasse os meus. Na verdade, sem a ilusão fantasiosa e imaginária - a que ás vezes me apego em dias tão distantes - acho que os meus procuravam, desde sempre, se descansar nos teus olhares. O som ditava a inconseqüência das minhas vontades, estas controladas por uma racionalidade e um medo: coisa de quem já perdeu a loucura de agir sem pensar. Não gosto de não agir. Desgosto ainda mais de não saber o que fazer.
Imaginei não ser só feitio da minha cabeça que ás vezes se perde a procura de beijos sinceros e cautelosos, tomados de serenidade de quem não se preocupa com o tempo. Que boba fui. Olhos tais como os seus enxergam longe, querem mais e mais. E jamais se prenderão facilmente nessa vida, quem dirá aos meus lábios.

sábado, 24 de maio de 2008

tudo errado.

essa manhã, ao levantar, nada se pareceu - ou pelo menos se aproximou - de como eu desejei acordar. um único desejo de desaparecer e perder a consciêcia por um dia latejava em meus pulmões. de longe ouvia barulhos, ruidos, conversas. não eram comigo e nem sobre mim. as coisas estavam distantes de minhas mãos assim como eu me encontro agora, distante de meu corpo. já não há mais consistência nos meus quereres e nem nos meus sentimentos. são só dúvidas que alimento-as diariamente contra mim mesma. talvez um tempo, um dia. distância. lugar nenhum...não quero nada além de tempo. não quero nada além de qualquer coisa além da realidade. abri o jornal e no horóscopo dizia: "Aquarianos estão bem no astral de hoje! Devotamento a causas e a artes em destaque traz felicidade e paz interior. Você conta com forte proteção espiritual hoje e não vai cometer deslizes de exagero se levar a sério sua percepção. bom dia pra decidir rumos de uma relação de amor."


e desde então decidi parar de ler essas porcarias.

tá tudo errado.

domingo, 11 de maio de 2008

el memoriosa.

uma música. um suspiro. um nó. uma lágrima. lembranças de dias que foram bons. a imaginação flui de forma tão natural que poderia ser matéria da memória. de uma forma inexplicável sinto saudade do que ainda não aconteceu e, ao mesmo tempo desejo loucamente que tudo seja como confabulei. que chegue logo esse dia. que passe logo para se tornar lembrança.

o que escrevo aqui, nesse instante, não passam de divagações que tive ao ler uma entrevista de umberto eco pra folha de são paulo (mais precisamente no caderno mais!). em suas palavras, "a memória é nossa identidade, nossa alma. se você perde a memória hoje, já não existe alma; você é um animal. se você bate a cabeça em algum lugar e perde a memória, converte-se num vegetal. se a memória é a alma, diminuir muito a memória é diminuir muito a alma.". impossível seria não lembrar o conto de borges, funes, el memorioso, também citado pelo u.eco. li o conto quando eu nem pensava em fazer letras. li em espanhol, mesmo sem conhecer a língua, com o dicionário e uma gramática ao lado. conselho de leitura de um professor, um daqueles que se lembra toda a vida, mesmo tendo aula com ele apenas por um ano. li, reli e me emocionei. era aquilo tudo. não é possível e nem é bom se lembrar de tudo, mas basta me lembrar do necessário e suficiente.

voltei no carro pensando no que eu tinha lido. refleti sobre mais diversos temas pra terminar no mais corrente atualmente. é que tenho sentido tanta falta de uma amiga que me peguei imaginando o dia em que ela vai voltar. chorei de emoção como se ela estivesse em minha frente, prestes a pisar de volta em solos brasileiros. não conseguia expressar minha felicidade - ainda não consigo, com toda sinceridade. também relembrei de tanta coisa que já passamos juntas...é, amizade é fogo. agente vicia na pessoa e não vive mais sem. hoje eu sou assim, viciada na carol. ela faz uma falta incompreensível e inimaginável. desde que ela se foi, muita coisa mudou. na verdade, ando mais na minha, mais calada. engulo de volta o que antes seria dito pra ela, independente da seriedade - ou da falta de - e já não me sinto mais a mesma não. se isso é bom ou ruim, não sei. a única certeza que cultivo é que o dia em que ela voltar vai ser um daqueles a serem lembrados para sempre, no hall dos melhores da minha vida.

ps: também linkado á esse assunto, sonhei essa semana com a volta da carol e do cléber - ambos em temporada em londres, inglaterra. mas não foi um desses sonhos bons não...na verdade, eles estavam na sala de embarque/desembarque, do outro lado do vidro, de volta ao brasil. mas eles não pudiam/conseguiam passar o vidro. foi estranho. acordei péssima e sem entender. bom, foi só um sonho...ou um pesadelo. verdade é que daqui á +- 6 meses estaram ambos ao meu lado. amo vocês, meninos da minha vida.

sábado, 15 de março de 2008

brisa bôa.

Já é bem tarde e, entre várias coisas que fiz, abri essa página em branco e pensei em milhares de coisas pra dizer, mas agora não me vem nada em mente mais. Com o sono tomando conta do meu corpo e, lentamente, também dos meus pensamentos, fico aos poucos retardada. Assim, retardada no sentido da palavra mesmo: RETARDADO style="font-style:italic;">adj 1. que se retardou 2. que demora; demorado. Na minha cabeça, só entra a música que estou ouvindo (The Hermit Crabs , thank's Flavinha). Só sai o que ouvi ontem ("eu acredito em fadas, acredito, acredito acredito!" frase do Peter Pan). Só de tanta coisa, viajo em duas vertentes do pensamento:

1. mais uma vez, me surpreendo com esse acaso. já me cansei de falar sobre ele, aliás. basta olhar o arquivo desse blog ou folear meus cadernos que lá estarão reflexões sobre o tema. a questão é que ele, assim, puro, é tão atrativo. tudo bem que ele nos tras tanto coisas ruins quanto boas, mas peguei a fórmula de perceber apenas o que é bom pra mim, nesse caso. assim, vira e mexe encontro pessoas, momentos, instantes e palavras que me deixam melhor.

assim, deixo então que o acaso tome rumo da minha vida, pois, como já ouvi uma pessoa querida me dizer "são coisas da vida, é simples" e complicar as coisas...só complica as coisas ainda mais. ;D

(vale ressaltar que eu não faço o perfil de pessoa que enxerga tudo lindo. não mesmo. deve ser o sono...)

2. na natureza da morte do sonho. quero dizer, da idealização, entende? é que temos a mania boba de idealizar tudo. TUDO. e, só um instante, NADA é perfeito. e isso é óbvio e criando essa imagem de perfeição só nos proporciona desilusão. mas desilusão é coisa da vida, não dá pra reclamar. e idealizar tudo é próprio do ser humano. também não dá pra mudar. dessa forma, estamos fadados a morrer de desilusão. isso é triste e desanimante, mas não o fim do mundo (...sempre tem um jeito de piorar) e não vamos deixar de sonhar para dar lugar a essa bobeira que é a realidade crua. continuemos assim, dessa forma. foi assim que sobrevivemos há tanto tempo, e é assim que vamos continuar. não há problema nenhum nisso.

(também não sou negativa. não mesmo. pode ser o sono também, quem sabe...)

No fim das contas, já são 03:16 da manhã, estou com tanto sono que vejo sa letras embaralhadas na tela do computador, nada mais se contextualiza no meu pensamento e amanhã vou ter que acordar RELATIVAMENTE cedo. É que amanhã meus amigos virão almoçar aqui em casa e adoro recebê-los. E isso vai ser só a cobertura do meu bolo de três dias bons SEGUIDOS. Não é todo mundo que tem esse prazer, não sempre. Geralmente quando isso acontece eu costumo pensar "ish...lá vem merda!". Mas dessa vez, vai ser diferente. Vou aproveitar esse tempo bom. Vou ouvir música, conversar com amigos, falar besteira com alguém especial, rir das besteiras que fiz quando bêbada e sonhar com a viagem dos meus pais.

Boa noite.
Desejo-lhes dias tão bons quanto os meus.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

estranheza.

talvez tenha passado tempo demais.
ou então foi tão pouco tempo que nos fez perceber que tanta coisa não passou do nada.
confesso ter superestimado alguma coisa inexistente elevando-a a outro cosmo desconhecido.
ou então subestimei a possibilidade de qualquer crescimento enxergando os sinais como simples e eventuais movimento.
foram noites em claro tentado entender qualquer coisa desperdiçada, noites aquelas que aprendi a valorizar cada vez em que me olhava no espelho e só notava as grandes olheiras. estive exausta em um tempo em que não havia com o que me preocupar, ou nada além do que já estava feito e pronto. por uns dias enfim percebi que seria melhor ignorar tudo que se passava em minha cabeça e me entregar á cama, desejando-a. em vão, já que em meus sonhos - ou seriam pesadelos? - tudo que tentei esquecer se manifestava, e, por causa disso, acordei muitas manhãs com pensamentos ainda piores me atormentando, ainda pior.
finalmente na noite passada, não sonhei. nada se passava pela minha cabeça. acordei ainda sim com os mesmos pensamentos que me vira e mexe reaparecem, de tempos em tempos. só que dessa vez, não há muita solução: minha melhor amiga está longe, não confio em quase ninguém e há quem diga que está por perto, mas na verdade não tem tempo. não, eu não quero atenção e isso não é um drama. eu só queria saber quando é que isso vai passar e quando vou poder dizer tudo que eu penso sem ter a aflição de estar entre estranhos.