terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Para um grande amigo.

Cria-se laços. Cabe á cada um, reforçá-los ou afroxá-los. Eu, pessoalmente, nunca fui uma pessoa de afroxar laços, seja lá qual for o tipo. Mas, sem dúvida alguma, não cabe á mim, ou não apenas a mim torna-los ainda mais fortes do que outros. É bem coisa da vida mesmo. É...foi por volta desse ano que aprendi que isso que já haviam me dito é fato, não lenda. Acho que foi por esse ano mesmo por que foi quando conheci gente. Gente demais, pra falar a verdade. Mas tenho o prazer imenso - e intenso, diga-se de passagem - de poder afirmar com toda a certeza - e sem alguma dúvida, mesmo conhecendo-os pouquissímo - que conheci as melhores pessoas do mundo. Daria tudo para mantê-los por perto por todo o sempre, enquanto for que essa eternidade dure...Bem por que não brinquei quando disse que quero guardar um tanto de gente nos potinhos. Eh, haja potinhos...

Na verdade, escrevi tudo isso pra falar de um amigo. Um cara aí que conheci esse ano, no meio de tanta gente. Um ruivo, alto, de sorriso grande, olhar sincero, cabelo bagunçado e barba engraçada. Ah! e de sardas! Bom, é que ele foi uma das primeiras pessoas que tive o prazer de conhecer: já no meu trote na FALE trocamos bons papos e percebi que muita coisa mudaria a partir dali. O Cléber me ajudou a entender muita coisa, desde como as coisas na faculdade funcionam até como o Cabral funciona...hehehehehehe. Além disso, foram bons papos, boas tardes, boas manhãs, filosofias eternas, lindas fotografias, uma vinhada inesquecível e uma cachaçada memorável...enfim, lembranças pra uma vida toda. Na mesma rapidez em que apareceu e fez-se presente, ele foi viver sua vida em Londres, encontrar-se - coisa necessária para todas as pessoas, pelo menos uma vez na vida. Eu morro de saudade e sorrio a cada conversa jogada fora pela internet, ele me faz bem.

Bom, meu querido! Parabéns! Você merece mesmo, tudo de bom dessa vida. Que as coisas continuem dando certo aí nesses cantos, que estou aqui te esperando naquela mesa do bar, com aquela nossa gelada, ok? ;) Te amo.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

tempos atrás.

na verdade estava mesmo cansada de tanto barulho, de tanta bagunça. meus joelhos já não aguentavam mais, também. já me incomodava. é, eu precisava mesmo sair dali, e de perto de tantas pessoas. percebi, talvez um pouco tarde, ou cedo, que as dores dos dias seguintes não valeriam á pena, comparadas á uma outra tranquilidade que ali eu não encontraria. e resolvi andar por outros trilhos, respirar outros ares e de cores mais verdadeiras me vestir. e andei tanto e por tão diferentes lugares que vim parar aqui, de pés machucados e roupas sujas, ainda assim, sem ter por perto quem eu sempre desejei ter.

"Levo, flâmula, a confiança
de que o amor há de erguer
no chão do mundo: a utopia"
(Thiago de Mello)


mas no que eu menos acreditei, encrenquei-me ao perceber que estaria então, aonde eu jamais imaginaria. talvez por que dei espaço demais para sentir o que não havia, até então, sentido. desde então, recuso-me a pensar e ignoro outros olhares para tê-lo por perto, pensando em cada palavra, em cada beijo e em casa sorriso - as coisas fluem numa simplicidade de filme de hollywood. só que ainda não consigo pensar nos próximos meses, negando-os, como quem tem medo de voltar a andar por aqueles antigos caminhos.

sábado, 10 de novembro de 2007

desapego;

nesse instante, entrego-me ao desapego por inteiro para escrever-lhes algumas palavras soltas, desimportantes. já não sonho mais com o passado e nem desejo o amanhã. lembro-me do tempo em que as tristezas e as alegrias não me tomavam o tempo - tão precioso tempo. já passei por tanta coisa em tão pouco tempo que aprendi a não mais sofrer, portanto agora espero a maturidade de fazer do sofrimento, poesia - a prosa parece-me tão mais conveniente. passei a simplesmente viver, como quem anda por cima de pedras afiadas por tanto tempo, que um dia já não sente mais nada. hoje escrevo essas palavras no caminho de todo dia, sem dor, escrevo-as apenas. voltando ao viver, sentir me traria consequências desconhecidas e fatais: um risco á força que aprendi a cultivar. não me entregaria á sentimentos que poderiam me trazer a dúvida quanto á certeza que acredito ter sobre qualquer coisa incerta que aprendi a conviver com. basta-me a minha sombra e seus olhos a me enfeitar.


mas mesmo assim, sinto-me incerta quanto ao que diz-me certo. queria ter-te por perto.




ps: não-autobiografico.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

desagüe.

está tudo errado.
mas talvez a única coisa que eu esteja precisando mesmo seja ficar só, diante de um ar condicionado - sem pensar, sem ouvir, sem ver nada, e nem ninguém.
acho que eu preciso de tempo.
mas, paremos com esses "eus".
é tudo besteira mesmo.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

irreal

foi quando chegou aquela hora em que ela percebeu que nada havia valido a pena suficiente. ela estava cansada, vestida em trapos, com dores de cabeça e chorando sem porquê. as pessoas passavam ao seu lado sem notá-la e sem senti-la - pra ser sincero, digo até que não sei se ela mesmo se sentia. ela sabia apenas que ali não poderia ficar por muito tempo, e nem daquela forma.
então se levantou daquele canto. olhou-se no espelho e prometeu, pra si mesma - ou pr'quela imagem - nunca mais. NUNCA MAIS. deitou-se da forma que mais lhe agradava e entregou-se á qualquer mundo paralelo em que acreditava, bem longe desse que chamamos de real.

sábado, 8 de setembro de 2007

Um violão guardado;

Nunca soube tocar violão embora me perdesse algumas vezes imaginando, entre outras coisas, o que eu escrevo musicado. Não escrevo bem e nem gosto que muita gente leia minhas palavras mais-que-tortas, mas pra falar a verdade não quero jamais me satisfazer com elas. Acho que quando isso acontecer, não vou mais escrever. Mas voltando ao violão, tive uma vez um. Era um grande, bom, e tinha uma corda a menos. Não era qualquer violão desses que se pode até quebrar no palco e nem daqueles caros, especiais e cheios de frescuras. Era o violão do meu avô que, quando ainda era vivo, havia aprendido a dedilhar algumas das músicas "daquele tempo dos bailes que tenho saudade", como ele mesmo dizia...O violão por aqui ficou, num canto do meu quarto por mais ou menos um ano. Por tardes inteiras arrisquei algumas notas, mas só o que consegui foram barulhos irritantes: o violão estava desafinado.


"E fora, e fora de mim
De dentro afora uma ciência:
Que toda fêmea é bela
Toda mulher tem sua hora
Tem sua hora da estrela
Sua hora da estrela de cinema"
(VELOSO, Caetano)

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Pregos podres. Poderes pregos.

é assim e sempre vai ser desse jeito até o em que você percebe que não pode mais. que as coisas não funcionam como te ensinaram. que a maioria das coisas pelas quais você lutar na vida, vão acabar no nada simplesmente por não valerem a pena.

até que você junta toda vontade por uma noite que termina no nada em nada. ai é só se consolar com uma boa noite de sono. mas aí você acorda com aquela dor de cabeça, aquele mau-humor e aquele desejo de ficar o dia todo trancada no quarto. ok, você o faz...mas não passa.

e agora, fazer o que?
vou radicalizar.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

O que sobrou;

A Palavra que me invade o corpo
Transforma-me e me enlouquece
De pessoa, sigo bicho;
E me expresso no silêncio.

São Palavras fugitivas
Que se fazem silêncio no vácuo
Dói é ver que o que sobrou
Foi apenas o que não foi dito.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

preto e branco.

"nem toda brasileira é bunda."

vou é ir embora. ver se esqueço o que ficou aqui. mas sei só que o que sobrou de mim foram algumas mal escritas linhas: aquelas idéias que surgem no meio do nada e que nesse mesmo vazio naufragam. quero aprender o bê-a-bá. alguém me ensina?

segunda-feira, 16 de julho de 2007

só mais uma de amor.

sem ao menos cumprimentar, pego minhas coisas e passo. passo em passos longos, esperando que pelos meus cabelos o vento passe. que por mim passe qualquer coisa além daqueles pensamentos. ou que o vento leve pra bem longe o que já se passou por tanto tempo. queria só que as coisas fossem mais fáceis. ou então que eu não as complicasse tanto. foi quando aquele mesmo vento passou e levou de mim aqueles olhos, aquela barba e aquela flor. fiquei assim, chorando a espera daquele mesmos jeitos que me fizeram sorrir como há tempos não sorria. senti-lo aque agora seria como se voltasse a me sentir. mas ao invés de esperar que alguma coisa aconteça, pego de volta uma nova flor - que de algum cabelo qualquer tenha caído em dias como esses - e a coloco em meus cabelos. mas de alguma forma que eu desconheço, nesse ritual, perdi foi a mim mesma.

desde então, passo por ai cumprimentando quem passa, olhando para dentro de quem sente e sorrindo, como besta, pra quem vive. só estou a procura de mim, seja nos cantos de olhos ou nas mãos. mãos que me fazem por um segundo acreditar ter me encontrado, no meio de tanta gente sem graça.

quando passa, vejo o quanto fui mais uma vez idiota. não, não era verdade...apenas mais uma ilusão qualquer. mas um dia ficarei exausta de procurar e me consentirei com a situação de não saber aonde estou. nesse dia, pegarei as minhas coisas e juro não ir pra lugar algum. quero só uma cadeira. obrigada.

domingo, 15 de julho de 2007

tudo isso acontecendo enquanto eu fico aqui, sem palavras;

quarta-feira, 11 de julho de 2007

saudade besta, só.

"nós dois crescemos e estamos muito diferentes
não somos mais inocentes"

me peguei ontem, entre um sonho e outro, com pensamentos distantes. quando dei por mim, peguei-me pensando em tudo que passou. e já faz tanto tempo!aliás, tempo demais, pra falar a verdade - um ano e meio?. bom, prometi um texto melhor e menos bobo e fútil, mas hoje não dá. devido aos pensamentos que tomaram conta da minha noite passada, fico hoje com mais uma boberinha comentada. ou melhor: contada. não precisam ler. não tenham esse trabalho.mas eu quero escrever, "dá licença"?

"me conquistou foi só sorrir pra mim
não vai cessar essa vontade de te ter por perto
só pra te olhar
pois sei que ter você é impossível"

naquele dia não tinha nada na cabeça: não sabia o que esperar de umas férias tão merecidas. só pensava mesmo em ter um verão daqueles memoráveis, ou melhor, inesquecíveis. mais um dia de praia, mais um dia de sol, mais um açaí. "ei, me vê um açaí, com morango?". "claro!".(...). "você não é daqui, é?!". "não... sou de minas!". ó. "sou de uma cidade, quase no urugay, mas vim pra cá desde pequeno". óó.(...). "beijo, até amanhã". nossa, impossível de esquecer como foi que tudo começou. desde aí, nos encontramos mais os dois dias que voltei naquela praia e ao acaso á noite. "vai ter uma festa...vamos?". nunca quis tanto ir em um lugar. mas não fui, os planos pr'quela noite eram outros: confraria!."tá ok, nos vemos amanhã na praia!". no dia seguinte, último dia: despedida! não deu pra ir lá. logo de manhã: "vamos pra praia brava!". hum...tá ok. o lugar era mesmo mais bonito. o bar era mais foda, assim como as pessoas, o mar, a música...mas, o açaí, não. não era melhor. mais tarde, saí procurando seu olhar em tudo quanto é canto da cidade, aonde eu passei, é claro. mas, como eu já imaginava, quando mais se espera do acaso, ele nos deixa na mão. peguei vôo sem um telefone, uma foto, um beijo, um msn sequer. e mesmo assim, tanto tempo depois, me atormenta meus pensamentos. lembro do seu nome, aonde estava, do que ouvia, da tatuagem, do seu açaí, dos nossos papos das suas mãos. mas já me esqueci do seu rosto e da sua voz. e aí, quando é que você vai me achar? é, foi uma dessas coisas de temporada.

"estava sorrindo de saudade,
da alegria que esquenta a cidade
só amizade, eu e você dando um rolé."

domingo, 8 de julho de 2007

e o pensamento lá em você.

domingo normal. mais um como todos os outros. um daqueles em que acordo na casa de uma amiga, de ressaca, mas satisfeita com a noite anterior. feliz pelas coisas que aconteceram, e como. bom, casa de vó, almoço de vó, papos de vó. sonequinha. ajuda a vó, beijo na vó, cosquinha no vô...gente...eu amo esses meus avós. depois volto pra casa, pego as revistas da semana- rolling stone de junho, vogue e cláudia, ambas de julho - e o jornal de domingo - folha de são paulo, as always - me sento na brecha do solzinho e me intero das novidades - ou não. enquanto isso, ouço uma mistura musical - começa por stooges, passa por mutantes e termina em chico buarque - e como uns biscoitos de queijo da vó, trazidos em quantidade excepcional. parece tudo perfeito, não? pois é, tudo na mais perfeita tranquilidade: a dor de cabeça passou. agora o único problema é a intimidante nostalgia. sabe como é: domingos são sem-pre domingos, e isso tende a permanecer. isso é um problema sério, já que mesmo de férias os domingos carregam esses pesos de serem tão...tão...complicados. acho ás vezes que tais domingos são até mais complicados do que aquelas quarta-feiras corridas em que preciso sair correndo da ufmg pra pegar o 2004 e o 1170 correndo pra dar tempo de chegar na fumec pras aulas de desenho. ok, ok...as coisas mudaram: estou de férias. né? mas hoje ainda é domingo. e ainda é complicado. principalmente pelo detalhe do meu pensamento funcionar mais em dias como hoje.

entre tantas páginas, fui parar na revista dedicada ás mulheres de 40 anos, "chique é ser inteligente", não é? pois bem. uma dessas revistas as quais detesto ler e evito ao máximo - principalmente as partes dedicadas ao corpo, dieta ou exercícios físicos - bem por que, pra começar, não tenho nem metade da idade do seu público alvo, certo? pois bem, pensemos por aí. no entanto, se a leio é por ter alguma de interessante - pelo menos pra mim. leio, em todas essas revistas, a coluna da danuza leão. leio as colunas dela também na folha de são paulo, semanalmente. gosto do que ela escreve, gosto de como ela escreve. "É que a mulher passa por várias fases e, quando consegue tomar nas mãos as rédeas de sua vida, prefere ir pra casa comer um sanduiche de pão-de-fôrma gelado com uma fatia de queijo-de-minas a comer uma pizza e beber uma cerveja com esse homem, por medo de se apaixonar."(texto E viva a diferença!, da revista Cláudia do mês de julho/07). como já disse, não sou o público-alvo dessa revista, e nem estou nessa fase ainda, no entanto, gosto do que ela diz. acho que do sexo feminino que sou, entendo, mesmo sem saber - ainda -, o que ela quer dizer. esse medo. enfim, acho bom. mesmo não sendo lá muito fã de pão-de-fôrma gelado, muito menos com queijo-de-minas. bom, não vou dizer mais muita coisa. todo mundo - quero dizer, nós, meninAS - tem seus instantes frescos, inseguros, bichas e fúteis pra passa-los lendo textos como esses, comendo chocolate, dançando até o chão, fofocando sobre a vida alheia ou sobre besteirinhas amorosas ou, até mesmo, fugindo de pizzas com cerveja, para se atolar num sofá com filme. os sentimentos passam, mas nós sempre cometemos os mesmos delitos sentimentais...somos bobas. muito bobas.


boa noite e bom fim de domingo.
prometo um próximo post mais produtivo.
;*

terça-feira, 19 de junho de 2007

costume só.

costumo calar-me quando não tenho mais o que dizer. mas solto minhas gargalhadas até quando não tem graça, pelo simples medo que tenho do silêncio. tenho medo por que coisas podem ser ditas. outras não ditas. quero mesmo é não dançar sozinha mais, pra aprender a não mais trocar meus pés. se for pra trocar, troquemo-os juntos, o que acha? mas entre "vai-e-vens", encontro-me num canto qualquer da página. um canto aonde escrevo qualquer escrotice, só pra ocupar o tempo. pior é quando as melhores idéias surgem no banho: não adianta escrever no vidro.


beijomeliguem.

sábado, 9 de junho de 2007

qualquer coisa além de mim.

entre muros e pedras, encosto-me em qualquer canto amaldiçoado da coisa. algum canto que não seja tão desconfortável. talvez uma dose ou outra me faça esquecer do que uma vez já senti. talvez a própria dor me faça negar o mesmo prazer que um dia também procurei. mas, como uma sequência de imagens um dia vividas, noto que talvez eu tenha sobrevivido alguma coisa. ou mesmo sofrido tanto que agora não sinto mais nada. esse drama todo existe para realmente não fazer parte de nada além de um conto qualquer que se lê na porta de um banheiro em um putero. tinha muito tempo que não tocava nesse assunto: preferi esquecê-lo. lembrava brevemente do que ás vezes escorria. talvez era sentimento. talvez não. não importava, afinal que graça tem em não sentir?

sábado, 2 de junho de 2007

mais do que isso.

"É que as vezes acho
Que não sou o melhor pra você
Mas as vezes acho
Que poderiamos ser o melhor pra nós dois
Só quero que saiba..."


Nesse caso, manteremos o silêncio de quem tudo o fala. E eu talvez deveria dizer que pensei. É, eu pensei. Mas talvez o verbo seja lembrar. Lembrei sim de você. O que parece ser novo e extremamente divertido. Mas é cedo, muto cedo. Então vamos deixar que amanhã surja pra nor responder o que ainda nos existe a perguntar.


(Again: Esse blog não é autobiogáfico. São só palavras soltas e instantâneas de quem não tem mais o que fazer. Ou tem, mas está com preguiça.)

terça-feira, 29 de maio de 2007

foi sem pensar muito mêsmo.

posso pedir? i wanna be on the road. é, sabe? sair...viajar. sem data pra voltar. e pronto. é isso só. só mêsmo. e o porquê disso? ah, deu vontade e pronto. besta eu, né? pois é.

domingo, 20 de maio de 2007

Assim, restos.

Fico assim:
de coração parado no tempo.
de cabeça presa nas horas.
de alma presa nas mãos.
de vida perdida no corpo.

Sinto assim, o frio.
E como se não tivesse mais o que sentir;
jaáque nunca o senti.
deixo o sentimento passar.
Sem cobrar nada.
E nao sobra cousa alguma.

segunda-feira, 30 de abril de 2007

Eu gosto...

de acordar de manhã ao som de cat stevens; de acordar 4 horas, olhar no relógio e ver que ainda tenho mais duas horas de sono; de sentir friozinho enquanto estou com um super casaco; de andar descalça em cima de plástico-bolha; de dançar sozinha ouvindo nada; de fazer miojo; de inventar moda; de me maquiar; de me sentir alta com salto alto; de quando a luz acaba e não estou sozinha, e sim com amigos; de fofocar sem maldade; de fofocar sem maldade a luz de velas; de ir em desfiles de moda; de sambar; de inventar coreografias; de me sentir poderosa ao sair de um salão de beleza; de cortar cabelo; de "aspas"; de estrelas; de viajar olhando para o céu com uma amiga; de olhar pela janela; te tirar fotos; de me desligar do mundo por alguns segundos; de viver no meu mundo por alguns segundos; de conhecer alguém que eu queira levar para o meu mundo; de falar besteiras; de abraços; de matar saudade; da casa da carol; da sagrada do josé; de ir até o chão na mary in hell; de não ter aminésia; de ser orgulho; de passar a tarde conversando com pessoas legais; de tomar café com conhaque; dos cafés/cocas com pão de queijo com a nana todos as manhãs; de coisas bem planejadas; gosto de ligar pra todo mundo; gosto de ver amelie poulain e alice no país das maravilhas repetidamente até 5 da manhã sozinha; de gastar 2,50 pra ir ao cinema; de conversar comigo mesma; de me confundir/ser confusa/confundir os outros; de não fazer nada escondido da minha mãe; de falar, falar, falar; de ficar sozinha em casa; de fazer as coisas com calma; de ler; de ver fotos antigas e ver o quanto eu melhorei (há) e piorei; de ser poser; de cantar - mal, mas cantar; de pequeninas coisas; de ler vogue durante um mês; de querer muitas coisas; de pintar; de sextas-feiras e de quarta-feiras - nessa ordem; de colocar a mão pra fora da janela enquanto meu pai dirige á 100 por hora indo para SP ou SG; de receber ligações; de receber mensagem pelo celular; de ver casais de novela dando certo; de ver morcegos de longe; de não comer nada o dia todo; de matar a fome com comida japonesa, comida da minha avó ou de pipoca; de desenhar bem na aula de desenho; de colorir almanacão da mônica; de brincar com criança; de brincar de paribola; de mudar os canais da tv e não ver nada por horas; de programas idiotas; de copa do mundo; de assistir ginástica olímpica e hipismo nas olimpiadas; de ouvir sertanejo em são gotardo; de dançar funk; de ouvir mpb e rock; de falar idiota; de falar "rock and roll";de sumprimentar todo mundo na rua - que eu conheço; de pensar na vida como um filme bobo á hollywood...


mas não gosto de me sentir idiota. sim, eu ODEIO me sentir idiota. mas também não gosto do tédio e nem de quando minha tinta amarela acaba. é.



E você?

terça-feira, 24 de abril de 2007

palavras soltas

ora, pra escrever bem, é preciso ter o que dizer.




ou então, calar-se.
sorrindo assim, fico sem ter como fugir.
pode ser que seja verdade, pode ser que não.
pode ser que seja recíproco, pode ser que não.
pode ser que eu seja uma idiota. talvez pode ser que sim.
se for assim, só aceito se formos idiotas juntos.
se não, não teria graça.
de falta de graça eu já estou cheia.
prefiro mais cantar, enquanto não posso fazer mais nada.
se bem que por enquanto é melhor me guardar, em meu lugar.
esperar pra ver, o que ainda pode acontecer.


"That too many people have died? The answer, my friend, is blowin' in the wind The answer is blowin' in the wind"

sábado, 21 de abril de 2007

shhh...não vamos estragar o momento falando demais. melhor é ficarmos em silêncio. nenhuma música, nenhum barulho, nenhum sussurro. aprenderemos a ficar quietos. cada ser em seu lugar. cada cabeça em seu pescoço. cada mão em seu próprio descanso. não temos mais nada a dizer. o que foi dito, se perdeu no tempo e o que não foi, não faz mais sentido em ser. encontrar-me-ei em meu lugar, sem pensar em nada. no mais profundo silêncio. na mais madura serenidade. serenidade de quem diz tudo, não dizendo nada. e agora? agora já é tarde. eu vou embora. e você vai durmir. deixaremos o resto - e que resto? - pra mais tarde. ou pra nunca mais. o tempo fez questão de nos levar as possibilidades nos deixando apenas o que é chato. de coisas chatas eu já me cansei. a falta de emoção me faz querer sumir. e mais uma vez eu o farei. e não vou voltar. encare isso como uma despedida. e um dia, logo, eu espero, aprenderei a ser amada. e quando isso acontecer, as palavras vão ser em vão. o silêncio dirá, de verdade, por si.



(esse blog não é autobiográfico.)

quinta-feira, 19 de abril de 2007

abstraia;

talvez eu deveria me lembrar de como as coisas eram antes. deixar de lado a crise e voltar a ter a tal coragem que eu perdi em algum canto. se bem que eu acho que o que eu preciso é parar de pensar. agir? acho que não. o que acontece é um pingo de dor de cabeça. e a certeza de que eu deveria fazer alguma coisa. mas ainda acho que não.
boa noite.
mas amanhã não te m aula de manhã.
tem unha. e tem soninho...ah! delícia.

terça-feira, 10 de abril de 2007

"Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas, continuarei a escrever. Como começar pelo início, se as coisas acontecem antes de acontecer? Se antes da pré-pré-história já havia os monstros apocalípticos? Se esta história não existe, passará a existir. Pensar é um ato. Sentir é um fato. Os dois juntos - sou eu que escrevo o que estou escrevendo." A Hora da Estrela, de Clarice Lispector.

Comecei a ler agora, pra faculdade. São nessas horas que eu me esqueço do tal do "Epos ao Romance" (acho que é isso...) e penso: ainda bem que eu faço letras! É, estou amando...logo ponho mais trechos por aqui!

E no mais? No mais, as coisas se tranquilizaram. Como eu digo sempre, nada como uma boa noite de sono.

Até a próxima.

domingo, 8 de abril de 2007

"O tal do Carpe Diem não presta"

Se tem algo que desconheço, é a tranquilidade. A mesma tranquilidade que eu amo, venero e procuro. Assim como a serenidade. Queria ser alguém mais calma. Queria ser alguém com controle. Ter o controle. Mas não. Sinto ter que assumir o meu próprio descontrole. Da minha mente, do meu corpo, da minha fala - minhas palavras, das minhas mãos, do meu tempo, das minhas vontades, dos meus pensamentos, dos meus dedos. Auto-controle é a palavra. Pensar antes de fazer, agir ou dizer. Queria ser menos inocente - não que eu seja a pureza em pessoa, mas aprendi - a vida e as pessoas me ensinaram - que a maldade existe, mas não gosto dela. E quem gosta? Notei que existem pessoas que dependem dela pra viver, algo superior á alma e ao corpo. Mas tudo isso não interessa nada. Então, o que interessa? Nada.
Queria ser menos idiota. Menos. Bem menos. E por que idiota? Me apego fácil ás pessoas - principalmente aos amigos. Também porque não sei reconhecer uma cilada antes de mergulhar nela. Além do quê, na maioria das vezes só dou o valor quando não tenho mais, falo mais do que devia - sobre mim, principalmente - e só aprendo quando levo o tombo. O tal do Carpe Dien não presta. Se eu não pensasse nisso ás vezes, talvez cairia menos.
E agora? Agora nada, ué. Já não vai mudar muita coisa mesmo. Já tentei, tentei, tentei. Talves se eu parar de tentar, as coisas mudem por si próprias, né? Acho que vou parar de sonhar também. Aí não vou ter com o que me iludir também. Fica mais fácil assim, não sonhar. E a saudade? Pega e guarda no bolso. Ah, e meus amigos? Vou guardar os verdadeiros numa caixinha de madeira, para não ter perigo de escaparem e junto colocarei flores, alguns doces e muito, muito amor.
Até logo. Band-aid.

sexta-feira, 6 de abril de 2007

la la la...
bom, diga-se de passagem: sair de casa, é muito bom.
com amigas então...nem se fala.
um brinde, garotas!
;*

quarta-feira, 4 de abril de 2007

open your eyes now.

é, é melhor deixar isso pra lá...avida não é mesmo um conto de fadas, né? pra falae a verdade...ainda bem que não - não teria tanta graça! só não gosto dessas pessoas que acham que eu tenho cara de idiota. bem porque eu não sou. mas passou, passou. aliás, passou tudo: prova, cerveja, calor, barulho, sentimento, ilusão...só me restou um soooninho e uma breve vontade de sair de casa, dar pavor e fazer acontecer. é, o sol ainda vai nascer por mim.

terça-feira, 3 de abril de 2007

aliás, eu sou idiota.

Melhor não falar muito. É o melhor. Descobri que talvez o silêncio seja o suficiente para calar a minha mente. Parar de pensar, parando de falar. Notei também - mais uma vez - que devo ocupar minha mente com qualquer porcaria que não seja pensar...toda vez que eu penso dá errado, ou...eu faço coisas erradas. Como diria um amigo...agora é a hora de me dar valor. Sim? É...cansei de ser idiota. Agora, o que fazer? Abrir os olhos - os mesmos os quais eu temo em fechar -, sair, tomar um sorvete, ler um pouco, me encontrar com meus amigos e deixar de lado o que nem começou. O problema só é a tal falta de energia. Não, não quero comer. Quero cantar, gritar, falar, falar, falar...escrever já não me basta. Escrever pra quê? Ninguém vai ler. Talvez de tanto escrever em vão, me perdi em tantas letras, frases, palavras. Em tantas regras idiotas. Pra quê? Pra quê? Já me disseram uma vez que um escritor que não é lido, deixa de ser escritor. Queria ser lida. Queria me tornar um clássico. Leiam-me





Idiota. Idiota.

domingo, 1 de abril de 2007

...

Que blog idiota;

Péra. Senta aí.

Noite passada, eu durmi chorando. Mas também durmi rindo. Um sorriso daqueles que vão de uma orelha a outra, sem interrupções. E por qual motivo? Bom, não estou bem quanto aos sentimentos que dizem respeito á amor e etc, já não tenho mais algumas amizades que eu pensava ser para "sempre" - confirmando, mais uma vez, que "o pra sempre, sempra acaba" - e estou com muita coisa o que fazer. E então, por que? Pois é...sabe aquele dia que você olha pra certas pessoas - certos amigos - e só consegue ver o quanto eles são especiais? Pois é...é isso. Não, eu não estava bêbada. Aliás, nem sequer bebi...mas, notei isso. Talvez justamente porque eu não havia bebido nada, eu percebi isso. De alguns meses pra cá, já não somos mais os mesmos. Uma, é coisa de todo dia, convivência diária, divisão de segredos, dores, mau-humor e tpm. Outro, é daqueles que não é preciso nada, além de um abraço, meias palavras e um olhar (azuuul). O outro, não o conhecia direito, até ontem, mesmo o conhecendo além, mas ao conversarmos, notei que também não é uma daquelas pessoas que surgem e desaparecem do nada, como a maioria das pessoas que conhecemos na vida, mas é um daqueles que não surgem ao acaso, e sim, depois de uma boa conversa. Bom, sem nomes. Eles nem vão ler isso aqui. Mas os amo demais, por todo o sempre, enquanto for que isso dure.

Os meus sentimentos? Iludidos. Sou idiota.

sábado, 31 de março de 2007

Sei lá, sei lá, a vida tem sempre razão!

Vamos logo ao post rápido! Hoje tem churrasco e esse eu não posso perder. Encontrar velhos amigos, alguns conhecidos, comer igual uma porca e beber um ou dois chopps, além de pretigiar um amigo perfeito...não tem preço. Estava com saudade, simplesmente...

E como vão as coisas? Bem, obrigada. Sei lá, de olhos fechados - quase lacrad0s - ando levando a vida. Não tão bem quanto eu gostaria.

Bom...não quero continuar escrevendo. Volto logo, eu prometo...colocar o "papo" em dia. Que dia.

domingo, 11 de março de 2007

deixa pra lá, e você?

num piscar de olhos, a vida muda. coisas inimagináveis nos acontecem e fazer algo não e mais necessário. e sem saber por que, deixamos amanhecer. não adiantaria dizer e nem fazer mais nada, mesmo. as pessoas não são mais as mesmas. nem eu, não sou mais a mesma. e as palavras que aqui aparecem saem aleatoriamente da minha cabeça sem passar sequer pelo coração. resultado? razão extrema. aprendi. aprendi a não sofrer por não amar. aprendi a não dizer mais do que a própria razão diz. "sentimentos são para otários, perdedores". não quero ser uma entre a múltidão de sofredores. e enquanto isso, lágrimas escorrem, em vão. ninguém vai ver, ninguém pode ver. não podem saber.

já diziam: " quando a luz se apaga, me diz quem é que eu sou".

o conflito do eu-externo e eu-interno cresce. não me resta nada, no meio dessa guerra sem meios e fins. é só outra missão. mais outra ilusão.

não quero sentir mais. prefiro pensar. aliás, sou mesmo alguém racional. e vai continuar assim. assim.

segunda-feira, 5 de março de 2007

Foi-se o tempo em que ter o que dizer serviu pra alguma coisa
e encontrei sentido em manter passos que nada de novo oferecem
ou esperanças de quetudo isso irá ter fim.
Porque “hoje é mais um diacomo outro dia qualquer” e
meus olhos não acham sentido algum
quando a luz se apaga e já não vejo as placas.
Me diz pra onde eu vou
quando a voz se cala
e só me restam mágoas.
Me diz quem é que eu sou
quando a um mar de nada
entrego minhas forças
e desisto de entender.
De que vale olhar tanto o espelhos
e ninguém vai te procurar ?
De que vale guardar tanto segredos
e ninguém se interessa por tudo o que você pensater de melhor nessa vida ?
É só mais um dia comum
em que o céu desaba e estrelas de lata
ferem nossas mãos.
É só outra ambição
a ser cultivada e depois destroçada.
É só outra ilusão.
Me diz pra que então
pensar não ser água e tentar inflamar
nossos corpos em vão.
Me diz qual a razão
de cultivar a estrada quando sei que nada
nasce de nossas mãos.
É inocência então
crer sobreviver ao dia comum
quando na verdade ele é quem
manda em nossa vida e nos dá o gosto da partida
mesmo sem nunca termos saído daqui.
É só um dia então como outro dia qualquer,
em que você não é ninguém
especial pra ninguém.

(Um dia comum - Dance of days)

sábado, 3 de março de 2007

I am trying to

Escrevi, escrevi, escrevi...foi um texto grande discorrido sobre um certo defeito meu...de coração, incontrolável e que me parece sem concerto - mas espero que haja um solução. quando estava quase no fim, notei que estava uma bosta. blog não é pra ser um desabafo sentimental besta. já tive blogs que sairam por esse caminho...o que fiz? deletei-os...já que no final era fácil juntar tudo aquilo em um parágrafo de dez linhas e mesmo assim, um lixo.
E agora? agora começar de novo. bem porque, minha vida de hoje com a de antes, nada se parece. mentira: ainda sou a mesma. lerda, otária, sorridente, falante, amigável, preocupada, boba, crítica...enfim, quase nada mudou. a minha vida sim...não é mais a mesma... agora, estou na faculdade. aliás, naS faculdadeS... agora sou "aluna do governo" (hohohoho), brincadeira...isso é porque vou fazer federal, curso de letras...e em uma particular daqui, design gráfico. no que vai dar essa mistureba? nem idéia...vamos ver, né? assim como quem lê isso aqui, não sei de nada ainda! as aulas estão pra começar e eu só tenho uma promessa de fazer tudo direitinho, o melhor possível...coisa de nerd, não? mas esquece, nerd é o que eu não sou...nada contra, maaaas...eu definitivamente esou longe dessas coisas...
Bom, e é isso...meu primeiro post de um blog novo. ah! vale lembrar que na internet nem tudo é o que se vê. E têm mais:
**A partir de hoje, começa a exposição Encontro Marcado com Fernando Sabino. É simplesmente imperdível! Vale a pena ir e ficar horas! Está maravilhosa!
"I am an American aquarium drinker
I assassin down the avenue
I'm hiding out in the big city blinking
What was I thinking when I let go of you?
Let's forget about the tongue-tied lightning
Let's undress just like cross-eyed strangers
This is not a joke, so please stop smiling
What was I thinking when I said it didn't hurt?"
(Wilco - I Am Trying to Break Your Heart)
Então...até logo.

Vídeo Imperdível: http://www.youtube.com/watch?v=ohgO72yfZHw