terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Para um grande amigo.

Cria-se laços. Cabe á cada um, reforçá-los ou afroxá-los. Eu, pessoalmente, nunca fui uma pessoa de afroxar laços, seja lá qual for o tipo. Mas, sem dúvida alguma, não cabe á mim, ou não apenas a mim torna-los ainda mais fortes do que outros. É bem coisa da vida mesmo. É...foi por volta desse ano que aprendi que isso que já haviam me dito é fato, não lenda. Acho que foi por esse ano mesmo por que foi quando conheci gente. Gente demais, pra falar a verdade. Mas tenho o prazer imenso - e intenso, diga-se de passagem - de poder afirmar com toda a certeza - e sem alguma dúvida, mesmo conhecendo-os pouquissímo - que conheci as melhores pessoas do mundo. Daria tudo para mantê-los por perto por todo o sempre, enquanto for que essa eternidade dure...Bem por que não brinquei quando disse que quero guardar um tanto de gente nos potinhos. Eh, haja potinhos...

Na verdade, escrevi tudo isso pra falar de um amigo. Um cara aí que conheci esse ano, no meio de tanta gente. Um ruivo, alto, de sorriso grande, olhar sincero, cabelo bagunçado e barba engraçada. Ah! e de sardas! Bom, é que ele foi uma das primeiras pessoas que tive o prazer de conhecer: já no meu trote na FALE trocamos bons papos e percebi que muita coisa mudaria a partir dali. O Cléber me ajudou a entender muita coisa, desde como as coisas na faculdade funcionam até como o Cabral funciona...hehehehehehe. Além disso, foram bons papos, boas tardes, boas manhãs, filosofias eternas, lindas fotografias, uma vinhada inesquecível e uma cachaçada memorável...enfim, lembranças pra uma vida toda. Na mesma rapidez em que apareceu e fez-se presente, ele foi viver sua vida em Londres, encontrar-se - coisa necessária para todas as pessoas, pelo menos uma vez na vida. Eu morro de saudade e sorrio a cada conversa jogada fora pela internet, ele me faz bem.

Bom, meu querido! Parabéns! Você merece mesmo, tudo de bom dessa vida. Que as coisas continuem dando certo aí nesses cantos, que estou aqui te esperando naquela mesa do bar, com aquela nossa gelada, ok? ;) Te amo.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

tempos atrás.

na verdade estava mesmo cansada de tanto barulho, de tanta bagunça. meus joelhos já não aguentavam mais, também. já me incomodava. é, eu precisava mesmo sair dali, e de perto de tantas pessoas. percebi, talvez um pouco tarde, ou cedo, que as dores dos dias seguintes não valeriam á pena, comparadas á uma outra tranquilidade que ali eu não encontraria. e resolvi andar por outros trilhos, respirar outros ares e de cores mais verdadeiras me vestir. e andei tanto e por tão diferentes lugares que vim parar aqui, de pés machucados e roupas sujas, ainda assim, sem ter por perto quem eu sempre desejei ter.

"Levo, flâmula, a confiança
de que o amor há de erguer
no chão do mundo: a utopia"
(Thiago de Mello)


mas no que eu menos acreditei, encrenquei-me ao perceber que estaria então, aonde eu jamais imaginaria. talvez por que dei espaço demais para sentir o que não havia, até então, sentido. desde então, recuso-me a pensar e ignoro outros olhares para tê-lo por perto, pensando em cada palavra, em cada beijo e em casa sorriso - as coisas fluem numa simplicidade de filme de hollywood. só que ainda não consigo pensar nos próximos meses, negando-os, como quem tem medo de voltar a andar por aqueles antigos caminhos.