sábado, 8 de setembro de 2007

Um violão guardado;

Nunca soube tocar violão embora me perdesse algumas vezes imaginando, entre outras coisas, o que eu escrevo musicado. Não escrevo bem e nem gosto que muita gente leia minhas palavras mais-que-tortas, mas pra falar a verdade não quero jamais me satisfazer com elas. Acho que quando isso acontecer, não vou mais escrever. Mas voltando ao violão, tive uma vez um. Era um grande, bom, e tinha uma corda a menos. Não era qualquer violão desses que se pode até quebrar no palco e nem daqueles caros, especiais e cheios de frescuras. Era o violão do meu avô que, quando ainda era vivo, havia aprendido a dedilhar algumas das músicas "daquele tempo dos bailes que tenho saudade", como ele mesmo dizia...O violão por aqui ficou, num canto do meu quarto por mais ou menos um ano. Por tardes inteiras arrisquei algumas notas, mas só o que consegui foram barulhos irritantes: o violão estava desafinado.


"E fora, e fora de mim
De dentro afora uma ciência:
Que toda fêmea é bela
Toda mulher tem sua hora
Tem sua hora da estrela
Sua hora da estrela de cinema"
(VELOSO, Caetano)

3 comentários:

Unknown disse...

Um violao que soa memórias tem tanto valor quanto um que soa acordes.

mariana disse...

tocar violão só faz sentido quando você não tem a menor idéia do que está fazendo, meu bem.

mariana disse...

adooooro.
a gente precisa botar isso em prática um dia desses!
amo!