quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

tempos atrás.

na verdade estava mesmo cansada de tanto barulho, de tanta bagunça. meus joelhos já não aguentavam mais, também. já me incomodava. é, eu precisava mesmo sair dali, e de perto de tantas pessoas. percebi, talvez um pouco tarde, ou cedo, que as dores dos dias seguintes não valeriam á pena, comparadas á uma outra tranquilidade que ali eu não encontraria. e resolvi andar por outros trilhos, respirar outros ares e de cores mais verdadeiras me vestir. e andei tanto e por tão diferentes lugares que vim parar aqui, de pés machucados e roupas sujas, ainda assim, sem ter por perto quem eu sempre desejei ter.

"Levo, flâmula, a confiança
de que o amor há de erguer
no chão do mundo: a utopia"
(Thiago de Mello)


mas no que eu menos acreditei, encrenquei-me ao perceber que estaria então, aonde eu jamais imaginaria. talvez por que dei espaço demais para sentir o que não havia, até então, sentido. desde então, recuso-me a pensar e ignoro outros olhares para tê-lo por perto, pensando em cada palavra, em cada beijo e em casa sorriso - as coisas fluem numa simplicidade de filme de hollywood. só que ainda não consigo pensar nos próximos meses, negando-os, como quem tem medo de voltar a andar por aqueles antigos caminhos.

Um comentário:

mariana disse...

não me pergunte por que, mas eu tinha certeza de que a second semester resolution ia se concretizar pra você, e ficar como uma enorme piada para mim. mas, pela primeira vez na vida, gostei absurdamente de estar errada... ;)
não sei os seus, mas os meus juros parecem bem mais que 10%. e tem a correção monetária ainda.

e barulho por tempo demais ensurdece ou no mínimo dá dor de cabeça. se algum atalho errado nos levar de volta para esses caminhos tortuosos, de qualquer forma, estarei aqui para dançar com você como se nada mais existisse e ninguém estivesse vendo (só me lembre de deixar o carro em casa.)

as coisas mais bonitas são mesmo sempre as mais simples. disso eu sempre soube. só que a gente nunca aprende a parar de inventar complicações. perde-se um tanto da beleza, mas tudo fica mais interessante. difícil é achar esse equilíbrio.

(que viagem de crack isso ai em cima.)

amo-te.