domingo, 21 de setembro de 2008

ao tempo.

preciso que pares um pouco e me deixe respirar. preciso que tenha calma, que vá devagar e sereno como quem espera um trem que há de chegar. mais que tudo, preciso que tenhas paciência.
tens passado como se não houvesse o que observar nem sentir. como se não houvesse amanhã. como se a cada dia rugas não aparecessem pelo meu rosto. como se tudo fosse, ora simples, ora complicado demais.
não notas que já não sou mais a mesma. que não tenho mais o mesmo fôlego e que estou prestes a ser deixada para trás? juro que tenho corrido o mais rápido possível a fim de te acompanhar, e, mesmo assim, tem sido impossível.
meus pés e meu joelho doem. minhas costas estão pesadas. meus olhos lacrimejam. mas eu persisto. insisto em qualquer outra possibilidade de ter-te comigo ao meu lado. mas certas coisas, feitio de ti, me deixam por não compreender o que se passa. pessoas que amam e desamam.

é, tempo. as coisas é que já não são mais as mesmas.
mas ainda gosto da chuva que cai. do frio que faz. e do amor que ainda hei de ter pra mim, pelo qual você ainda vai parar pra ver.

2 comentários:

mariana disse...

toda chique, escrevendo na segunda do singular... ;)
dói entrar aqui e não ter a menor idéia de que você está falando, sabe? dói mesmo.

Fernando Tasca disse...

Navegando pela net cai aqui...
"Não existe tempo perdido"(Alguém)

Uma piscadela.