segunda-feira, 5 de março de 2007

Foi-se o tempo em que ter o que dizer serviu pra alguma coisa
e encontrei sentido em manter passos que nada de novo oferecem
ou esperanças de quetudo isso irá ter fim.
Porque “hoje é mais um diacomo outro dia qualquer” e
meus olhos não acham sentido algum
quando a luz se apaga e já não vejo as placas.
Me diz pra onde eu vou
quando a voz se cala
e só me restam mágoas.
Me diz quem é que eu sou
quando a um mar de nada
entrego minhas forças
e desisto de entender.
De que vale olhar tanto o espelhos
e ninguém vai te procurar ?
De que vale guardar tanto segredos
e ninguém se interessa por tudo o que você pensater de melhor nessa vida ?
É só mais um dia comum
em que o céu desaba e estrelas de lata
ferem nossas mãos.
É só outra ambição
a ser cultivada e depois destroçada.
É só outra ilusão.
Me diz pra que então
pensar não ser água e tentar inflamar
nossos corpos em vão.
Me diz qual a razão
de cultivar a estrada quando sei que nada
nasce de nossas mãos.
É inocência então
crer sobreviver ao dia comum
quando na verdade ele é quem
manda em nossa vida e nos dá o gosto da partida
mesmo sem nunca termos saído daqui.
É só um dia então como outro dia qualquer,
em que você não é ninguém
especial pra ninguém.

(Um dia comum - Dance of days)

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