segunda-feira, 4 de agosto de 2008

daquelas á multidão;

Te vi de longe, parado. Em meio a tantas pessoas, seus óculos passeavam como se procurasse os meus. Na verdade, sem a ilusão fantasiosa e imaginária - a que ás vezes me apego em dias tão distantes - acho que os meus procuravam, desde sempre, se descansar nos teus olhares. O som ditava a inconseqüência das minhas vontades, estas controladas por uma racionalidade e um medo: coisa de quem já perdeu a loucura de agir sem pensar. Não gosto de não agir. Desgosto ainda mais de não saber o que fazer.
Imaginei não ser só feitio da minha cabeça que ás vezes se perde a procura de beijos sinceros e cautelosos, tomados de serenidade de quem não se preocupa com o tempo. Que boba fui. Olhos tais como os seus enxergam longe, querem mais e mais. E jamais se prenderão facilmente nessa vida, quem dirá aos meus lábios.